Análise Analítica: A versão adulta do Super Mario Bros. (Parte 1)


Pois é, vocês leram o título e aposto que não entenderam paçocas.

Ok, eu explicarei.

Pra quem viveu na era que a internet tava no auge com certeza viu em sites ou fóruns algumas histórias rolando sobre uma paródia adulta do filme Super Mario Bros., que desde então tinha um status de pior filme do mundo, apesar de que com o tempo essa percepção mudou e hoje em dia tem até site dedicado ao filme e uma versão estendida a caminho.

É sério!

"Mas o que tem a ver uma coisa com a outra?" pergunta você.

Simples, havia uma época em que tudo que fazia sucesso (literalmente TUDO) ganhava sua versão adulta, desde Família Addams a Flintstones, Simpsons, Batman e por aí vai - hoje em dia ainda fazem isso, mas com resultados ainda mais questionáveis. E como o filme do Mario estava fazendo um sucessinho durante os anos 90, um produtor de "entretenimento adulto" chamado Buck Adams viu que tinha potencial ali e então Super Hornio Brothers foi produzido em dois dias e lançado, fazendo um sucesso instantâneo.

Não demorou muito pra alguém da Nintendo decidir tomar posse dos filmes (sim, falei filmeS, pois na verdade ele foi dividido em dois - até hoje não entendo por que Buck Adams decidiu dividi-lo a la Kill Bill em vez de vender como uma única produção) e desde então eles sumiram da face da Terra se tornando uma espécie de "Cálice Sagrado" - ou seja, quem comprou as fitas antes disso acontecer hoje em dia deve nem acreditar que tem uma relíquia dessas em casa

Mas graças aos bons deuses da internet, alguém que teve as fitas teve o bom senso de ripá-las e desde então os dois filmes estão disponíveis pra quem quiser baixar. Ou seja, vai ser a primeira vez que este filme é de fato sendo falado E exposto aqui no blog.

Dito isso, vamos lá.

(Lembrete 1: o filme original é pra maiores de 18 anos por conter muita sacanagem explícita. Como a sacanagem não acrescenta nada na história eu vou substituir com GIFs pra ficar subentendido, então quem quiser ver o negócio na íntegra por sua própria conta e risco eu vou disponibilizar os links no artigo seguinte, tá?)

(Lembrete 2: como os dois filmes são praticamente um só mas com um leve intervalo entre um e outro, eu vou precisar dividi-lo em dois também pro artigo não ficar tão longo, pois originalmente iriam ser os dois de uma vez só. Desculpem, mas é por uma boa causa!)


Nossa aventura começa com nossos personagens principais que trabalham como programadores. Infelizmente a cópia que eu peguei não tinha legendas em português, mas baseado numa fala do Ron Jeremy eu automaticamente deduzi que eram programadores. Se não eram agora são até o fim do artigo, desculpem.

Aliás, aqui os nomes estão trocados: o personagem de Ron Jeremy se chama Squeegie e do T.T. Boy, seu parceiro de cena, Ornio. Ou seja, apesar de se parecerem com suas contrapartes, os nomes são completamente diferentes.

Nem tente entender.


Enfim, Squeegie (preciso de uma tradução pra esse nome urgente) está fingindo que está trabalhando em seu escritório, até que o seu computador tem um ataque epilético, o que deixa Ornio bastante consternado e visivelmente tentando lembrar do que fazer na cena enquanto Ron Jeremy incorpora o espírito de Jim Carrey e tem orgasmos múltiplos.

Até que...


... o computador pulveriza os dois, teletransportando-os para o mundo virtual.

Tem também uma cena em computação gráfica, mas preferi não mostrar porque a cada segundo da fita tem uma cena dessas como transição e ia ficar chato mostrando toda santa hora.


Eis que chegam no mundo virtual, cujo ambiente se resume a um fundo preto e efeitos sonoros futuristas clichês.

Você sabe, aqueles efeitos "PIUIMMMMMM", "ZUIUIUIMMMMM" e "PLOINPLOINPLOINNNN" que a gente ouvia em todo santo filme de ficção científica e em qualquer lugar que havia uma situação que se passava no futuro.

Enfim, os caras ficam impressionados por chegarem inteiros no lugar e com seus respectivos macacões, até que se deparam com a primeira "inimiga" da "fase"...


Ileeza, a dominatrix do mal.

Ron Jeremy diz para seu irmão que a programou para ser uma mulher insaciável por... "aquilo", se é que vocês me entendem. Ele então arma uma estratégia genial com Ornio: fazer um cerco em volta da mulher pra ela se sentir incapacitada e não ter como atacar.

Ornio fica empolgado com a ideia, porém foge, deixando Ron Jeremy completamente sozinho e arrependido por não ter nascido como filho único. E a ele não restou outra alternativa exceto...


É, mais ou menos desse jeito mesmo...


Em algum outro lugar (apesar que eu acho que é o mesmo, já que o cenário é todo preto e não dá pra diferenciar), Ornio conhece um vírus de internet que não faz nada exceto assoar o nariz, coçar a bunda e transmitir todos os tipos de doenças conhecidas pelo homem no cenário e na equipe.

E ele fala igual ao Ren do Ren & Stimpy por alguma razão não revelada até hoje. Vai ver o diretor descobriu que alguém sabia imitar o Ren e decidiu colocar no filme de qualquer jeito.

Prazo apertado né?🤷

Seja como for, o vírus diz que Ornio está no lugar onde fica a memória interna do computador e muitos dados armazenados.


Ornio decide então xeretar o lugar pra ver se há um jeito de sair de dentro do computador, até que, entre luzes epiléticas e imagens de CGI porcamente sobrepostas, ele se depara com algo.

"O que seria?", pergunta o curioso leitor...


Pois eis que é uma princesa, refém do "King Pooper" (aqui chamarei de "Rei Cu-pa" até o final do artigo) e com a assistência de uma mulher cujo nome não sei qual é e não quero procurar.

Detalhe: o vilão é interpretado pelo diretor Buck Adams com um penteado pintado com uma demão de Suvinil amarela e com a voz do Esqueleto. E me arrisco em dizer que o cara conseguiu fazer um vilão caricato com maestria porque é muito engraçado ver ele atuando como vilão e fazendo caretas.

Todo mundo já teve um momento Jim Carrey na vida, não tem como escapar.


Ornio então pergunta pro vírus quem são aquelas pessoas. Ele então diz que aquela era a princesa Perlina, que mandava na região até que chegou o Rei Cu-pa e sequestrou a princesa para que ela o ajude a viajar pela Terra com uma Jacuzzi verde cheia de sêmen através de um gerador especial.

Falo sério, eu não inventaria isso nem se eu tivesse fumado o Snoop Dogg.

O vírus então pergunta de onde eles vieram, aí Ron Jeremy responde "Los Angeles, 1992". Ok, pra quem não entendeu, essa é uma referência bem vaga aos distúrbios de Los Angeles que rolou na época por causa da famosa injustiça que ocorreu com Rodney King. De fato, o filme faz mais referências a esse evento do que a qualquer jogo da franquia Mario, o que torna a experiência de assistir ainda mais incompreensível e estranha.

Bom, então os irmãos Hornio se veem motivados a salvar a princesa custe o que custar, até que eles testemunham o Rei Cu-pa fazendo isso na assistente e na princesa:


Mais ou menos assim, só que sem arrancar pedaços.


Ron Jeremy e Ornio seguem o caminho pra ir até a princesa Perlina, mas enquanto fogem da dominatrix acabam encontrando a Mulher-Aranha (não a da Marvel... eu espero), que planeja fazer mil loucuras com os irmãos Hornio, o que motiva Ornio a dar no pé antes que ela pense em fazer qualquer coisa com ele.

Incrível como tudo sobra pro Ron Jeremy (eu sei que o personagem dele tem nome, mas eu não pensei numa tradução pro nome, então se conformem) durante o filme. Não que eu ache que ele tenha reclamado alguma vez, muito pelo contrário.

Mas Ron também foge, deixando a Mulher-Aranha sozinha com a dominatrix... e o resultado vocês já sabem, né?


É, pois é.


Enquanto as duas moças ficam mais próximas, Ornio e Ron Jeremy procuram a porta onde estaria localizada a princesa. E eu não duvido que isso tenha sido gravado no próprio escritório da Midnight Video (a produtora do filme).

Bom, Ron deduz que ela está na porta nº 2. Será que ela está lá?


Nah, na verdade está é rolando uma explosão de um prédio em Los Angeles, afinal é um filme da década de 90, então...

.

.

.

Deus, por que eu escolhi fazer essa review?


Os irmãos então se perdem quando são encontrados pela Mulher-Aranha (já vestida) e a assistente do Rei Cu-pa. Cedido pelas provocações e cantadas de pedreiro da assistente, Ornio decide ficar enquanto Ron Jeremy salva a pátria, como um ato de vingança por ter sido deixado sozinho tantas vezes.

Ele então se aproxima delas como quem não quer nada, e...


Exatamente.


Enquanto isso o Rei Cu-pa está dando os seus toques finais no gerador pra viajar pela Terra e dominá-la com sua banheira verde de esperma. E ele faz isso enquanto ri e fala coisas dignas de vilões clichês dos anos 80... o que é engraçado, pois o filme é de 1993.

De fato, ele tá tão centrado no que está fazendo que nem vê que o Ron Jeremy está salvando a princesa bem atrás dele.

Mas nem o Comandante Cobra era tão inepto. Tá, na verdade ele era, mas nem tanto.


Até que finalmente Cu-pa percebe e ele briga... torcendo a mão de Ron Jeremy?

Bom, pelo menos não é tão vergonhoso quanto o WWE 2K20.


Mas antes que ele pergunte a Ron se jacaré no seco anda, ele é empurrado por Ornio na sua Jacuzzi, como resposta ao fato dele ter dirigido Beaver & Buttface.

É uma versão adulta de Beavis e Butthead. Sim, isso existe. Quando eu vou trazer aqui no blog? Nem eu sei.

O importante é que o bem venceu o mal e o dia ficou mais legal.


A princesa e Ornio retornam ao escritório sãos e salvos.

Mas peraí, cadê o Ron Jeremy?


Opa...

Será que Ron Jeremy vai se safar dessa? Será que Ornio vai conseguir entrar no "castelo" da princesa mesmo o Rei Cu-pa já ter invadido antes? A parte 2 será tão longa quanto essa?

Essas e outras perguntas são respondidas neste mesmo blog, com o artigo escrito pelo mesmo autor.

Fiquem ligados.

Até a próxima, minha gente!



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