Mais grandes séries que não tiveram o devido reconhecimento

Há um tempo atrás, escrevi este artigo falando sobre séries e desenhos animados que foram ignorados pelo público ou não foram vistos com atenção na época do lançamento.

Pois bem, hoje me lembrei de mais séries boas de verdade que na minha opinião mereciam uma segunda chance.

Estão preparados pra ter algo bom pra assistir durante essa pandemia?

Então venham comigo.

Oz - A Vida é uma Prisão

Ah sim, vamos começar falando da série mais controversa da HBO, mas que ao mesmo tempo tornou a emissora famosa pela ousadia, pois graças aos benefícios de ser uma emissora de TV a cabo não tinham restrições quanto ao conteúdo ao contrário da TV aberta (apesar de ter sido exibida pelo SBT sem censura lá em 2000 nas madrugadas, o que mostra que Silvio Santos ou era insano ou não tinha medo de ser processado)

A série narra o dia-a-dia dos detentos da penitenciária Oswald (ou Oz, como também é chamada) e também dos seus funcionários, especialmente quando um deles - McManus - batalha pra manter o controle de tudo, o que nem sempre acontece com sucesso. Vez ou outra também tem a narração do cadeirante Augustus Hill, que ajuda debatendo pontos cruciais da trama e dando informações sobre cada um dos presos - inclusive dele mesmo. E cada um deles tem sua importância e seu próprio arco de histórias que se desenrola nos futuros episódios. 

Por ser a primeira série da emissora com uma hora de duração, ela teve essa honra de abordar temas pesados como homossexualismo, estupro, violência, uso e tráfico de drogas, preconceito e palavrões aos montes. Também tinha muita nudez masculina, o que provavelmente deve ter surpreendido muita gente na primeira vez.

A série durou 6 temporadas, ganhou vários prêmios e até hoje divide opiniões entre aqueles que adoram a série (tipo este que vos fala) e aqueles que criticam o clima pesado, que era frequente e ainda mais brutal a cada episódio. E também Oz foi a responsável por trazer junto séries mais adultas que se diversificavam do que o público gostava de assistir na época, como a próxima que falarei agora.

Família Soprano

Sim, mais uma da HBO e mais uma com uma qualidade inquestionável.

Família Soprano retrata a vida turbulenta de Tony Soprano (o finado James Gandolfini), mafioso italiano radicado em Nova Jérsei que enfrenta uma série de dificuldades enquanto tenta equilibrar sua vida de gângster com a vida de pai de família. E pra isso ele conta com a ajuda da psiquiatra Jennifer Melfi e também de alguns colegas no decorrer da série.

A série (quantas vezes falei essa palavra hoje?) era muito bem esncrita e também tinha várias referências a filmes de gângsters, principalmente O Poderoso Chefão, Os Bons Companheiros e por aí vai. A série (olha aí de novo!) também ajudou a pavimentar a carreira de muitos atores que na época eram completos desconhecidos e hoje em dia é difícil desassociá-los de seus papéis.

Além disso, não só o último episódio levanta discussões até hoje como também tem uma das aberturas mais icônicas dos últimos tempos.

Fala a verdade, deu um arrepio na espinha né?

Bada-Bing!

Night Visions

Essa série era bem interessante. Uma espécie de Cripta do Terror misturada com Além da Imaginação, a série era narrada pelo Henry Rollins e consistia de 13 episódios com duas histórias em cada um (ou no caso do SBT, 26, uma vez que exibia as histórias separadamente), grande parte envolvia o sobrenatural ou a natureza humana e seu lado sombrio.

Não sei se era muito popular, pois assisti muito pouco e pelo que eu vi era realmente boa e tinha uma vibe bem assustadora. Pena que até hoje não teve um lançamento em DVD, mas dá pra encontrar facilmente os episódios no YouTube (apesar de estarem em uma qualidade baixa)

Perdoem a descrição meio vaga dessa série, mas eu não posso dar muitos detalhes. Certas coisas são melhores quando são vistas do que lidas a respeito.

Reunião

Essa é uma daquelas séries curiosas que tem uma história de bastidores ainda mais curiosa.

Pra quem nunca ouviu falar, a série falava sobre um detetive que investigava a morte de um grupo de estudantes ocorrida durante uma reunião de turmas e cada episódio era situado em um ano específico do passado das vítimas, indo de 1986 até 1998, e chegar a conclusão de quem era o assassino. Tinha muitas idas e vindas, mas no geral era bem competente.

Pois bem, eu disse que a história de bastidores era curiosa e direi por que. Os produtores planejavam 22 episódios porém como a audiência tava despencando muito, a Fox deu um ultimato de que a série não poderia passar de 13, mas acabou que só nove deles foram exibidos e o resto foi exibido online.

Aí numa daquelas viradas inimagináveis, o SBT exibiu os 13 episódios e também inventou um final. Sério! No último episódio entrou um narrador dizendo que o assassino nada mais era que o pai de um dos jovens.

Ah, as maravilhas da televisão...

E era isso que eu tinha pra dizer hoje. Se cuidem e até breve, onde falarei sobre um pistoleiro que futuramente viraria um inofensivo zelador de uma escola.

Até a próxima, minha gente!

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