Causos cabulosos da luta-livre


Vocês conhecem luta-livre, certo?

Pois bem, se você assina a WWE Network (que, diga-se de passagem, cobra o equivalente de um salário mínimo se considerar o tanto de vezes que o dólar aumenta ou cai) ou assiste os vídeos no YouTube, com certeza deve imaginar o tanto de história que deve rolar nos bastidores.

Afinal, o que motiva tantos homens (e mulheres) a darem suplex ou chave de braço uns nos outros?

Pensando nisso, decidi trazer aqui algumas das histórias mais cabulosas que já rolaram com os grandes lutadores de wrestling.

Então não seja um jabroni, pegue sua caixa de Slim Jims e se prepare pra porrada.

OH YEAH!


André, o Gigante e a garçonete

Quero abrir esse artigo dizendo que o saudoso André o Gigante (nome artístico de André René Roussimoff) realmente fazia jus ao nome, porque porra.... o sujeito era tão grande que o Godzilla deixaria de destruir o Japão sempre que o encontrasse.


Viu? Eu disse.

Pois bem, André era enorme, mas maior que ele só as histórias contadas pelo empresário e seus colegas de ringue.

A mais famosa delas, sem dúvida, é a do restaurante.

Vejam bem, como eu disse antes o André era enorme. Mas ele era um sujeito bem educado e tratava todos bem - além de amar cerveja. Bem, ele foi em um restaurante pra encher o bucho depois de uma noite longa e seu tamanho pouco comum pela sociedade acabou sendo motivo de piada de uma das garçonetes (da qual ele tratou com muita gentileza), que tinha certeza absoluta que ele nunca ouviria aquilo.

Grande erro, pois ele ouviu.

Eis que ele decidiu se vingar. André então pediu TODOS os pratos do menu, fazendo com que a moça ficasse cansada de tanto correr ao trazer sua comida, comeu tudo (o que levou 4 horas, segundo ele mesmo conta), pagou a conta e pra coroar nem deixou gorjeta pra ela.

E o que aprendemos com isso? Que não se deve mexer com quem tem mais de dois metros e só quer sossegar, principalmente porque ele pode fazer um estrago.


Sabu, o homem que não tem medo da morte

Se você não conhece Sabu, saiba que ele era um sujeito, digamos... curioso.

Curioso entenda-se "fazer o que der na telha e dar uma banana pra própria vida."

E evidentemente isso foi comprovado na vez em que ele se apresentou no Japão. O promotor do evento avisou com antecedência aos lutadores que os membros da máfia japonesa (vocês sabem bem de qual eu estou falando) estariam por ali e pra tomarem cuidado pra não desrespeitá-los.

Mas Sabu era obviamente maluco e pouco se importou com o aviso. Eis, que durante a performance, Sabu achou que seria uma ideia de gênio jogar seu oponente em um dos membros da máfia - que, aliás, estavam na fileira da frente próxima ao ringue. Até que Sabu o socou e em seguida foi espancado pelos 50 membros que estavam lá como se fosse massa de pão.

Então o pessoal do deixa-disso foi às pressas socorrer Sabu e, junto de Mike Awesome, ficou trancado nos vestiários enquanto os promotores tentavam acalmar os nervos de todos antes que virasse uma chacina digna de deixar Sam Peckinpah corado. Sabu deve ter levado uma punição grave com isso, mas isso provavelmente é só mais um Domingo normal pra alguém que tá pouco se fodendo pra própria vida.


JBL, o anti-abuso sexual

JBL é praticamente o Joselito do wrestling. De fato, o sujeito é tão encrenqueiro e babacão nos bastidores que sempre que leva porrada no ringue, um jornalista de luta-livre fica feliz.

Porém, é sempre importante NUNCA se meter com ele (ou no caminho dele) ou as consequências serão desastrosas.

Querem um exemplo? Duke Droese (também conhecido como "O Lixeiro", pra quem for mais velho) tinha o hábito, digamos... não muito legal... de abusar sexualmente de fãs inconscientes. Tipo, ele pagava uma bebida pra garota, e assim que ela ficava incapacitada ele...

Acho que nem preciso dizer o resto, vocês já tão crescidinhos pra saber o que é.

Pois bem, apesar dos colegas advertirem Droese pra ele parar, o sujeito continuava fazendo, o que deixou JBL puto da vida. Então um dia depois de uma apresentação, ambos se encontraram no vestiário, lá na área onde ficam os chuveiros. Eis que JBL pegou Droese - que, obviamente, estava desnudo -, o amarrou e o deixou lá mesmo.

E Droese ficou lá por horas, esperando talvez ser retalhado pelo Freddy Krueger ou receber a visita do Ricardo Milos, que o faria ouvir Basshunter pelo resto da vida (desses dois, não sei qual castigo seria pior)... mas nada aconteceu. O cara ficou tão apavorado com qualquer coisa que fosse acontecer com ele que imediatamente parou com esse hábito.

Ou seja, basta um traje de morcego (ou qualquer traje indestrutível) pro JBL ser um super-herói na vida real e todos os problemas no mundo serem resolvidos. Ou sei lá... NÃO ABUSAR SEXUALMENTE DE PESSOAS INCONSCIENTES, SENDO HOMEM OU MULHER!

Porra...


A história da Katie Vick

Imagina que você é um sujeito que não tem muito futuro na vida mas tá sempre disposto a deixar sua marca de alguma forma. 

Agora imagina que seu irmão é o Undertaker.

Pois é, Kane sempre teve a fama de ser o "irmão traumatizado" do Taker, cuja habilidade de revirar os olhos é tão bizarra que uma hora ele não vai mais conseguir fazer voltar ao normal.

Porém, nem isso o livra de certas bobagens que o Vince McMahon - sempre ele - armava pra ele, como a história da Katie Vick.

Pois bem, se vocês assistem a WWE sabem que às vezes eles inventam algumas histórias e sagas megalomaníacas pra propagar a excentricidade e a magnitude de seus lutadores (a maioria com resultados questionáveis) e em 2002 a organização tava mal das pernas depois da saída do The Rock e do Steve Austin, então Vince precisava elaborar algo pra manter o público interessado em wrestling.

Essa história começou quando Triple H foi pra cima do Hurricane Helms (que era parceiro de Kane) e de repente disse que Kane era um assassino e que tinha matado uma garota chamada Katie Vick há uns 10 anos atrás, deixando o oponente pasmo.

No dia seguinte, foi iniciado uma espécie de julgamento em um tribunal montado no ringue (meu Deus, que ideia ridícula) onde Kane chorava e dizia ao público que era inocente enquanto Triple H o xingava e provocava sobre o quanto a Katie significava tanto pro Kane que ele tinha que matá-la para provar isso.

Eis que Triple H disse ter imagens pesadas de Kane em um "momento íntimo com Katie", onde nada mais era que o Triple H disfarçado, falando umas bobagens sexuais e dando umas bolinadas numa boneca em um caixão aberto e jogando pedaços do "cérebro" da boneca na câmera.

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Juro que não to inventando.

A coisa só terminou mesmo quando na semana seguinte o Triple H resolveu fazer um número de ventriloquismo com a Katie Vick no ringue, que só terminou quando Hurricane Helms resolveu mostrar um vídeo onde tiravam coisas do rabo do Hunter, inclusive uma cabeça de manequim do Vince McMahon com a coluna vertebral e tudo.

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EU JURO QUE NÃO TÔ INVENTANDO!

Desde então a história não só é vista como uma das piores coisas já inventadas pela WWE como também é até hoje uma das ideias mais estúpidas da luta-livre, tanto que até ganhou o Gooker Award do site Wrestlecrap.

Aliás, o vídeo  do "momento íntimo" do Kane com a Katie Vick era pra ser cômica e exagerada de propósito, mas o Vince achava que fazendo algo mais sério - que foi o que colocaram no ar - seria mais engraçado.

Como ele manteve o emprego dele depois dessa ideia de jerico é algo que não entendo até hoje.

E isso é basicamente tudo que eu tinha pra dizer.

Em breve, postarei um artigo de despedida do blog pois quero me dedicar ao cinema.

Aguardem, logo eu explico com calma.

Até a próxima, minha gente!

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