Uma análise sobre Batman Forever (o jogo)
Já repararam que não existem mais tantos jogos baseados em filmes e/ou séries como antigamente?
Sério, você chegava na locadora e tinha lá centenas de milhares de jogos baseados em filmes que você já viu e desenhos que fizeram parte da sua infância. De fato, se não estou errado, o último que foi lançado recentemente foi o South Park: A Fenda que Abunda Força.
Dizem que é por causa do licenciamento dos títulos, mas eu nunca achei que um game em si abusaria do licenciamento pra defecar uma tremenda merda pro coitado do Super Nintendo: Batman Forever, baseado no (obviamente) Batman Eternamente do Joel Schumacher.
Não que o filme em si seja bom também (apesar de ser mediano, eu gosto), mas o jogo tinha a obrigação de ser um pouco melhor.
Infelizmente não é o que acontece aqui.
A primeira coisa que se nota assim que você coloca o cartucho é que o game tem muita semelhança com Mortal Kombat. Literalmente, MUITA semelhança.
De fato, o game usa a exata mesma engine mecânica, o que é uma escolha um tanto quanto questionável pra um game que é vendido como beat'em up (aliás, o game é uma mistura de beat'em up com elementos de luta e plataforma), pois não justifica.
Tudo bem que os dois games foram distribuídos pela Acclaim, mas isso só mostra preguiça e incompetência dos programadores e dos designers em requentar um game fazendo outro por cima!
E o game também usa aquele visual de personagens foto-realistas que fez Mortal Kombat se destacar (apesar dele não ter sido o primeiro a usar essa técnica - se não me engano Pit Fighter foi o primeiro), o que só deixa tudo ainda mais lento, pois os poucos frames só tornam limitados alguns combos e torna vantajoso pros inimigos virem direto pra surrar seu personagem até a morte.
Ou levar uma motosserra na virilha. Dos dois, não sei qual castigo é pior. |
E tem alguns comandos que são uma ofensa pra qualquer programador. Em alguns momentos, você precisará usar o "bat-gancho" pra alcançar alguns lugares, e pra acionar este bendito gancho era só apertar SELECT antes de apertar pra cima.
Sim, porque só pular não bastava, então todos os comandos simples de saltos e outras maracutaias foram parar nos direcionais e nos gatilhos de cima, pois os comandos de golpes foram até os principais (X, Y, A, B). Ou seja, até pra peidar era só fazer aquilo que era equivalente a um comando de fatality.
Outro defeito é que o cenário que está na frente do jogador bloqueia totalmente o personagem no jogo. Sério, até uma pilastra bloqueia seu campo de visão, o que prontamente dá vantagem pro bot do jogo lhe dar uma porrada bem dada na cara.
E também tem charadas nesse jogo, mas como eu não soube como fazê-las, eu preferi ignorar mesmo. Não sei se fazem alguma diferença, mas francamente não ligo mais.
Uma coisa boa do game pelo menos é a música. Sério, dá até vontade de ficar só no sound test.
Foi o que eu fiz.
SPOILER: Você enfrenta um Charada bombado no final. Porque o game já não era ridículo o suficiente. |
Ok, eu sei que foi um review simples, mas esse é um jogo que eu nunca consegui chegar até o final justamente por causa dos controles truncados e mal programados.
Acho que agora eu entendo o que o Angry Video Game Nerd passou.
Preciso de uma Corona pra me fazer esquecer que eu já joguei essa nhaca...
(Ah sim, também teve um game de PS1/Saturn/Arcade feito ao mesmo tempo que esse - porém totalmente diferente - chamado Batman Forever: The Arcade Game, que eu acho um pouquinho melhor que essa bomba)
Ficha técnica
Batman Forever
Plataformas: Super Nintendo, Mega Drive, DOS, Game Gear, Game Boy, R-Zone
Ano de lançamento: 1995
Produtora: Probe Entertainment
Distribuidora: Acclaim
Ponto forte: Música grudenta e gráficos bons
Ponto fraco: Controles mal programados, engine desconexa com a premissa do jogo... enfim, todo o resto
Nota:2/5
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