Mais jogos que vocês nem sabiam que existiam


Vocês viram que a E3, um dos maiores eventos dos games, foi cancelada?

Pois é, devido a proliferação (palavrinha difícil) do "corongavirus", muita coisa acabou sendo cancelada ou adiada, mas não é disso que vou comentar hoje.

Eu vim dar continuidade a um artigo que eu escrevi, se não me engano, há um tempo atrás sobre jogos desconhecidos pelo grande público. E hoje eu descobri mais jogos obscuros pra vocês conhecerem e darem toda atenção do mundo.

Sem muita enrolação, vamos lá.


The Thing (2002)
Desenvolvedora: Computer Artworks
Distribuidora: Black Label Games/Konami
Plataformas: PlayStation 2, PC e Xbox

E vamos começar com algo que eu nunca ouvi falar até ver o vídeo do James Rolfe.

Muito bem, pra quem ainda não assistiu O Enigma do Outro Mundo (sério, qual o seu problema?), eu vou tentar descrever sem spoilers: um grupo de pesquisadores está em algum lugar da Antártida e de repente se veem presos com uma entidade alienígena que ninguém pode ver, pois ela pode se transformar em qualquer pessoa ou animal.

Situado depois dos eventos do filme, o jogador controla Cap. Blake, convocado pra investigar o que aconteceu com o grupo (e quem já viu já sabe o que aconteceu), e é aí que ele tem que decidir o que aconteceu com eles enquanto ele mesmo lida com o alien, que aqui assume diferentes formas: Scuttlers (rápidos e fracos), Walkers (gigantes e fortes) e Bosses (gigantes e ainda mais fortes), mas nada que um foguinho à disposição não dê conta.

O game captura toda a tensão do filme enquanto tenta misturar no balaio elementos de ação e interação com tudo, desde NPCs a elementos presentes no cenário. O game também traz um medidor de medo para os NPCs, que variam de nervoso a "doido pra caralho", e quando isso acontece, ou ele pode te matar ou pode se matar ou ter um ataque do coração, então o jogador é encarregado a acalmá-lo de algum jeito. Claro, isso se você conseguir fazer o NPC confiar em você, caso contrário vai ser mais fácil pra ele te matar se ele desconfiar que você é uma "coisa".

Pois é, aqui você tem que fazer as pessoas confiarem 100% em você, senão você será reduzido a uma polpa de frutas por um NPC ou pela própria criatura. Escolha bem como você quer explicar isso a alguém sem parecer um maluco.


Reservoir Dogs (2006)
Desenvolvedora: Volatile Games
Distribuidora: Eidos
Plataforma: PlayStation 2, PC e Xbox

Sabe aqueles filmes que você sempre quer saber detalhes que não foram mostrados ou explicados?

Bom, Reservoir Dogs se encaixa nesse quesito.

Seguindo à risca o roteiro do filme original (Cães de Aluguel, pra quem não viu), o jogo amplia a história e mostra o golpe com detalhes, coisa que no filme não mostrava e só ficava implícito que deu alguma merda e todo mundo saiu de lá banhado em sangue.

O jogo não só mostrou o ato em si, como também era violento pra cacete. De fato, era tão violento que fez o game ser banido de muitos lugares.

E também fez com que fosse o único game baseado em uma obra do Tarantino, o que matou as chances de termos um game de Kill Bill.

Hehehe Tarantino... matou...



Hellraiser (1990)
Desenvolvedora: Color Dreams
Distribuidora: idem
Plataforma: NES, Mega Drive, Atari Lynx

Ok, o que eu falarei sobre esse pode confundir vocês, pois esse game existe, porém nunca foi lançado.

E o que se sabe sobre esse game, além de ser inspirado em um filme de horror dos anos 80 onde quem usa um cubo mágico é despedaçado por ganchos que saem do raio que o parta? Bom, até onde eu pude checar o jogo seria uma versão modificada do Wolfenstein 3D, só que como o NES iria explodir se rodasse o primeiro frame, o fundador da Color Dreams pediu para um engenheiro criar um cartucho especial somente pra esse game.

Então com um "Super Cartucho", o jogo pretendia manipular o gráfico do game em tempo real e dar a impressão que o game tinha mais cores do que o habitual. O game também teria um acessório pra ser encaixado embaixo do Nintendinho, o que custaria o dobro do cartucho.

Infelizmente jogos baseados em filmes de terror não vendiam bem pois os pais não achavam que seria uma boa ideia seus filhos comandarem serial killers ou gigantes sadomasoquistas com cabeça de tender, mas em compensação permitiam jogar com o Robocop, cujo filme vocês lembram que tem uma cena em que o robô explodia o saco de um estuprador com um tiro de "revórve".

.

.

Tá, essa cena é legal.

Enfim, outra coisa que penou na comercialização do game é que as lojas só vendiam jogos licenciados pela Nintendo. Uma vez que a Color Dreams era especializada em vender jogos que não tinha a benção direta da empresa (vide os seus famosos e horrendos jogos bíblicos que o Angry Video Game Nerd mostrou), nenhuma loja quis essas fitas em suas prateleiras, então a empresa foi pro saco, fazendo com que o game jamais visse a luz do dia.

"Tá, mas como se joga esse negócio?", pergunta o leitor. Basicamente você controlava alguém que estava preso na Configuração do Lamento e tinha que resolver uns quebra-cabeças para conseguir sair de lá enquanto os servos do Pinhead te atrapalhavam. Assim que o puzzle era resolvido, os demônios saíam, então o jogador teria que resolver os mesmos quebra-cabeças de trás pra frente pra que assim eles voltassem de volta pro inferno cheio de ganchos e correntes de onde vieram.

Infelizmente tudo o que se tem sobre o jogo até então é a tela inicial, portanto nunca saberemos como é o jogo de fato. Isso se o James Rolfe tiver a sorte de achar uma cópia.

Vamos lá, James! O mundo lhe aguarda.


Little Nicky (2000)
Produtora: Digital Eclipse
Distribuidora: Ubisoft
Plataforma: Game Boy Color

Pra encerrar, um game que não só existe como nem todo mundo acredita que alguém teve a capacidade de fazê-lo.

Pois bem, pra quem não sabe, esse game é baseado num filme do Adam Sandler onde ele era o filho do DEMÔNIO e tinha que trazer seus irmãos de volta pro inferno antes que seu pai vire carne de quinta no açougue do Leatherface.

O game se consiste num joguinho qualquer de plataforma, mas é até interessante mesmo não sendo uma ideia tão inovadora. Cacete, existem 500 games de beat'em up, mais um de plataforma não mata ninguém, exceto que nem todos tinham grandes inovações ao gênero ou enxertavam jogabilidades tão inúteis que faziam o jogador arremessar a fita na cara do irmão simplesmente porque sim.

E o game também tinha alguns minigames baseados em coisas do filme, desde um jogo de dardos com um rosto humano até um onde você podia enfiar coisas na bunda de um Adolf Hitler vestido de empregada.

Sério, que outro jogo permite você fazer isso?


O jogo podia ser uma merda, mas que não tinha medo de ser ousado em um portátil family friendly isso ele não tinha.

E por hoje é só, pessoal. Até a próxima onde tentarei falar de algo que não consuma tanto meu tempo.

Até a próxima, minha gente!

Comentários

Postagens mais visitadas