Review Pocket - Harry Potter: Hogwarts Mystery


Ok, finalmente aconteceu!

Estou há um bom tempo planejando esse artigo desde que comecei a jogar, então já tenho propriedade suficiente pra falar a respeito.

Harry Potter é uma franquia muito boa que merece uma expansão no universo. Apesar da autora infelizmente dar muita bola fora, temos que concordar que ela criou um universo bem amplo e aberto a múltiplas possibilidades.

E como toda franquia, ela também tem seus jogos. Este aqui é um deles.

Será que é bom ou merece ser pulverizado por uma Avada Kedavra?

Montem em suas vassouras e me sigam!


O jogo, que se passa muito tempo antes dos eventos dos livros e dos filmes, conta a história de seu personagem (que você cria, dá nome, define o visual... é como se fosse um "Filho Simulator"), que acabou de se ingressar em Hogwarts e logo faz amizade com Rowan e Penny. Seu personagem tem um passado: seu irmão, Jacob, há muito tempo atrás descobriu as Criptas Malditas e desde então está desaparecido. Então sua missão é descobrir onde ele está e ao mesmo tempo descobrir vários segredos sobre Hogwarts enquanto também enfrenta a curiosidade e as investidas de Mérula Snyde, uma sonserina marrenta e valentona que não descansará enquanto não descobrir as Criptas antes de seu personagem para evitar que aconteçam mais problemas em Hogwarts.

A história é bem minúscula, mas o carisma dos personagens compensa a simplicidade da escrita. E se tem uma coisa que Stephen King ensinou é que qualidade é tudo.

Além disso, tem muitas referências aos eventos que acontecem nos livros, então pra quem é fã vai ser uma experiência bem divertida pegar todas elas.

Ok, agora eu realmente preciso de uma animação de Harry
Potter. Warner, é sua deixa pra brilhar, então não vacile!
O visual é muito bonito. Os gráficos são estilizados e bem cartunescos, como se fosse algo produzido pela Pixar.

Digo... a Pixar antes de Carros (apesar que só Ratatouille e Up se salvam) e se tornar megalomaníaca.

Enfim, os gráficos são bons e muito simples. Uma vez que é um game pra celular, o gráfico precisa ser simples a ponto de não consumir metade da memória do aparelho.

Quase todos os personagens se parecem com os atores dos filmes: o Snape do jogo é muito semelhante ao Alan Rickman, assim como o Flitwick do Warwick Davis, a McGonagall da Maggie Smith e por aí vai, mas alguns também tem um estilo próprio.

O Voldemort do jogo se parece mais com um funcionário público do que com o Ralph Fiennes, mas são apenas meros detalhes pra um cata-piolhos como eu reparar.


A jogabilidade é como um point and click adaptado para o touchscreen: você não controla diretamente seu personagem, mas precisa clicar em alguns lugares pra ele ir. Dentre eles, os vários cantos de Hogwarts e até mesmo Hogsmeade. Tem também várias outras áreas para explorar, mas você só consegue desbloquear o acesso a elas ao longo do game.

E uma vez que você está em Hogwarts, você mesmo pode escolher a casa que bem desejar, assim como também precisa frequentar as aulas se quiser progredir na história e não chegar ao final dela mais magro que o Seu Madruga.

Um grande erro que engrandece no jogo é a insistência em querer depender de energias pra jogar. Cada aula é dividida em sessões que rendem pontos. O progresso delas consome determinadas porções de energia pois você precisa clicar em elementos do cenário com uma aura azul em volta. Isso mata o interesse em continuar, pois esse é um daqueles jogos que não tem por que ser freemium.

Pra quem não sabe, freemium é aquele jogo que à primeira vista parece totalmente gratuito, mas depois você descobre que precisa gastar metade do PIB pra conseguir manter o vício. Claro que tem o progresso natural de esperar pra que recarregue automaticamente, mas existem certos eventos que duram pouco tempo, o que dá desespero ao jogador e impulsão em querer gastar dinheiro real em dinheiro de mentira. Jogos como esse e The Simpsons: Tapped Out são exemplos de freemiums que não tem por que ter a opção de gastar dinheiro real. É um golpe baixo, pois jogos pra mobile que usam esse artifício dependem de uma marca conhecida para enganar os fãs de tal marca e extorquir dinheiro até não sobrar nada.

É triste, mas infelizmente faz parte do mercado atual.


Espero que não me massacrem por esse review, mas é só uma opinião sincera vinda de alguém que já jogou o game desde o lançamento.

Harry Potter: Hogwarts Mystery é um game muito criativo. Tem muitos desafios e uma história bem envolvente e enigmática, cheia de elementos pra satisfazer qualquer fã da saga do bruxinho míope.

Infelizmente o fator freemium chega a ser broxante mesmo pra quem não gosta de ficar gastando à toa e tira o ânimo de quem só quer fazer parte de um universo vasto. É como um lanche do McDonald's: é simples e satisfatório até você ver o preço que vai ter que gastar.

E muitas vezes o barato sai muito caro.

Até a próxima, minha gente!

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