Especial Batman: Parte 1 (1943-1968)
Hoje vou dedicar este especial de três partes ao meu super-herói favorito: o Batman!
Criado por Bob Kane e Bill Finger em 1939, ele surgiu na revista em quadrinhos Detective Comics.
O personagem estampou a capa da edição 27, que abre o artigo acima.
Segundo Kane, o personagem foi baseado em Zorro e Drácula, o que indica que Kane assombrava seus desenhistas com ilustrações assustadoras.
Então, depois de tanto tempo lutando sozinho, Batman ganhou um parceiro em 1940:
Robin!
Que deu início à moda de super-heróis estarem apenas de roupas curtinhas e sapatilhas do Peter Pan.
...
É sério!
Na década de 40, o personagem ganhou sua própria revista em quadrinhos.
Antes mesmo da criação da TV (nem tinha iCarly na época... oh, que vida cruel!), episódios de programas (chamados de telefilmes), como Pica-Pau, Popeye, entre outros, eram exibidos antes dos filmes.
E em 1943, chegou a obra-prima mais trash jamais vista antes.
Batman (1943)
Um filme trash que foi filmado durante a 2ª Guerra Mundial atualmente é uma raridade!
Nesse telefilme (que conta com 15 episódios) Batman e Robin (que, estranhamente, usa uma máscara do Besouro Verde) confrontam o nipônico Dr. Daka e um agente de Hirohito que inventaram uma máquina que transforma pessoas em pseudo-zumbis.
O telefilme marcou a primeira aparição da famosa "Bat Caverna", um Cadillac preto foi usado como o veículo dos heróis.
De fato, por ser filmado no auge da 2ª Guerra Mundial e com um baixo orçamento, Batman não deixa de ser polêmico. Por fazer estereótipos de Japoneses, a cinessérie teve que esperar baixar a poeira.
Porém, o telefilme (ou cinessérie, sei lá como deve se chamar!) se tornou um clássico de sucesso, o que gerou uma sequência seis anos depois.
Batman and Robin (1949)
Pois é, eles voltaram!
E se reparar bem, verá que mudaram os atores!
Dessa vez, Johnny Duncan veio substituir o Robin de cabelos em pé (sim, é o Douglas Croft, pode conferir!).
Em Gotham City, um maluco chamado Wizard usa um aparelho que controla os carros. Sua identidade permanece um mistério até o último episódio.
Fiquei surpreso com a duração (263 minutos, enquanto o original tinha 260 minutos), e com o fato de Robin ainda usar a máscara do Besouro Verde (criado em 1936).
Destaque para a expressão angustiante do Batman, que parece o Snape sob o manto do morcego.
Em 1963, as duas séries foram relançadas sob o título An Evening with Batman and Robin, no qual inspirou a santa série colorida...
Batman (1966-1968)
Protagonizado por Adam West e Burt Ward, a série se tornou marco na história.
O uso constante do colorido, além do fato de Batman agora ser um Cavaleiro do Dia, quase deu um fim no Homem-Morcego gordinho com orelhas de gato.
Segundo os fãs, o programa era dividido (por eles) em três fases:
Santo sucesso! (1966)
A série começou bem com o episódio Hi Diddle Riddle, na qual trouxe o biruta do Charada (interpretado por Frank Gorshin). O uso das cores berrantes trouxe junto o "batusi".
...
...
Bom, quem viveu nos anos 60 sabe que a dança ficou mais famosa que aquela do John Travolta.
E foda-se quem discordar.
Como é uma sátira, é impossível levar a sério (como não rir do episódio em que Robin começa a fazer poses femininas?)
Porém, mesmo com as onomatopeias, as expressões "Holy......., Batman" sempre que Robin se assustava (boiola!), cores berrantes e um Batman totalmente fora de forma, a série caiu em...
Santa decadência! (1967)
Mesmo com um filme ótimo lançado durante as filmagens da 1ª temporada, a série usava a mesma fórmula na segunda temporada. O humor era repetitivo, golpes eram repetitivos e nenhuma novidade ou inovação na fórmula da série, que era o humor camp.
Nos Estados Unidos, o humor camp é a mesma coisa que sátiras (coisa que Jason Friedberg e Aaron Seltzer deviam utilizar nas paródias deles), mas isso não estava presente em Batman.
Então, para delírio dos masturbadores de plantão, a terceira temporada trouxe...
Santa Batgirl! (1968)
A última temporada trouxe a gostosa Yvonne Craig para ser a filha de James Gordon.
Após estrear um episódio piloto que nunca foi ao ar, os criadores decidiram levá-la para a série sessentista do Cavaleiro do Dia.
Enfim, a série se tornou um sucesso, porém as diferenças (óbvias) com o clima sombrio do personagem impediu que se lançasse uma quarta temporada.
Até hoje a Warner Bros. (a detentora original dos direitos autorais do personagem) e a 20th Century Fox (dona dos direitos autorais do filme) brigam para ver quem deve lançar o DVD das temporadas da série.
Não era mais fácil os dois estúdios lançarem ao mesmo tempo?
Poxa, deixem seus egos de lado!
No próximo Especial Batman, falarei sobre a franquia Burton-Schumacher, além das séries animadas do Cavaleiro das Trevas.
Até a próxima!
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