Os piores jogos do Super Nintendo
Listas são sempre uma experiência e um desafio a se fazer. Experiência porque volta e meia eu tenho uma chance de revisitar o meu passado e dividir com vocês o que passei, o que também é um desafio.
Principalmente porque hoje eu vou dividir com vocês o inferno que passei no passado e atualmente jogando e re-jogando essas porcarias.
Até porque fazer uma lista dos melhores jogos do Super Nintendo qualquer um faz. Diabos, até o viado do Robin pode fazer uma se ele quiser.
Agora, uma lista com os PIORES jogos... só um louco como eu faria.
Sem mais delongas, acompanhem-me a essa viagem mais tóxica que a usina de Chernobyl.
Lester the Unlikely
E já vamos começar com uma pedrada, que enfureceu até o James Rolfe.
Vejamos, aqui você controla um nerd (me recuso a chamá-lo de "nerdola", que parece um termo criado pelo debiloide do Marcos Mion) que estava lendo um gibi enquanto caminhava distraído em um porto e acaba adormecendo num cargueiro até que acorda em uma ilha.
Fui pesquisar a fundo sobre esse jogo e descobri que ele tem uma espécie de sistema de progresso, onde o Lester aos poucos vai deixando de ser um covarde e ser um herói valente. O problema é que a jornada pra chegar até esse ponto é um porre!
Eu sei que os desenvolvedores tinham boas intenções, mas acho que no fundo foram um pouco sádicos quando programaram os controles dessa merda só pra rir da cara do jogador.
Vejam bem, o Lester move com uma vagareza de um senhor de 80 anos e morre mesmo se cair de uma altura média, o que é uma sacanagem pra qualquer jogo de plataforma. Além da vagareza, seus pulos são atrozes e pra descer, você precisa virar o Lester lentamente e se agachar. Ou seja, se está pensando em fazer speedrun dessa desgraça (algo que eu não recomendo), melhor desistir o quanto antes.
Aliás, seu único ataque é um chute tão fraco que só causaria dano na canela do Seu Barriga, o que mais atrapalha do que ajuda.
E tem gente que ainda tem a cara de pau de falar que esse jogo é bom...
Juro que nunca entendi o apelo que esse bicho tem pra algumas pessoas.
Tá, beleza, ele é um lince que usa uma camiseta e voa. Não sei se linces voam, mas esse aqui pelo menos voa.
O maior problema dele... e também pra pessoas com bom senso... é que ele é estupidamente insuportável!
Vejam bem, crianças, desde que Sonic the Hedgehog foi lançado começou a pipocar uma porrada de games onde suas desenvolvedoras tentavam criar mascotes de gosto duvidoso tentando parecer cool e fodão pra surfar na onda do sucesso do ouriço azul (os únicos que se deram bem nessa foram o Crash e o Cool Spot, mas até aí tenho minhas dúvidas), mas sem sucesso. E é justamente por isso que ganhamos games risíveis como Aero the Acro-Bat, Awesome Possum e Zero The Kamikaze Squirrel.
Bubsy, além de ser chato e não calar a porra da boca, era protagonista de um game que era praticamente injogável. Você saía correndo na velocidade da luz (uau, que original!) e já dava de cara com um inimigo. Aliás, TUDO nesse jogo te mata. Se você cai de uma altura considerável, você morre, ao contrário de outros jogos de plataforma. Se parava pra coçar o saco, você morria. E assim substantivamente.
Outro problema desse jogo é a fanbase xarope dele. Sempre que você apontar os erros desse jogo (que são VÁRIOS), algum lesado sabe lá de que país vai publicar um textão dizendo "VOCÊ IXTÁ ERRADU! BUBISSI É U MIÓ JOGO DU XUPER NINTENDU E QUEM DISCORDA É PETIXTA BOZONARIXTA HIHIU COMI SUA MÃE NA ZONA!", pois pra ele VOCÊ está errado em criticar o jogo, o que já diz muito sobre o tipo de pessoa que gosta desse tipo de coisa - eu também gosto de games ruins, mas até eu tenho bom senso em admitir que são ruins em vez de agir como um homem das cavernas.
E Bubsy é apenas isso: uma piada sem-graça que por algum motivo tem um público (provavelmente porque foi o único jogo de Super Nintendo que jogaram até a fase da aborrecência) e que insiste em voltar lançando games que ninguém pediu, nem mesmo os fãs dessa desgraça.
Ou seja, sempre que ele perguntar "o que poderia dar errado?", já tá aí a resposta na ponta da língua.
Você com certeza lembra desse game, basta fazer um esforço pra lembrar. Você já teve essa fita, seu primo teve, até aquele seu amigo pançudo já teve uma cópia dessa merda.
Esse aqui foi lançado na mesma época que aquele filme abominável onde Tom e Jerry falavam e viravam amigos e cantavam juntos (argh), mas esse jogo consegue ser ainda pior.
Aqui você controla o Jerry em diferentes cenários, jogando ervilhas em moscas, baratas, múmias (???), e as terceiras fases são basicamente boss fights com o Tom.
Sério, o game é SÓ ISSO!
Não bastasse só isso, os efeitos sonoros e as músicas (que são apenas 3 loops que tocam e se repetem várias vezes) são tão ensurdecedoras que é mais fácil jogar a fita numa ratoeira ou no esgoto.
Aliás, sabem quem fez esse jogo?
Vince Desi, o criador de Postal.
Eu disse que todo mundo tem um começo de carreira, não disse?
Shaq Fu
Eu juro que tentei não fazer escolhas tão óbvias, mas esse aqui eu tive que jogar pra ter certeza.
E meu amigo... que joguinho mixuruca.
Pra quem nunca ouviu falar, esse é um game de luta estrelando o astro (na época) do basquete Shaquille O'Neal. Porque isso faz tanto sentido quanto um game de culinária com o Gabriel Medina.
Os controles são travados, a hitbox é malfeita, nenhum golpe é memorável...
Joguem Killer Instinct que é melhor.
Ballz 3D
Este é outro game de luta e consegue ser mais esquisito do que o Shaq Fu.
Aqui você controla um monte de bolas que lutam contra outras bolas enquanto tenta não vomitar com o Mode 7 rodando na sua cara.
Esse era um dos vários games do Super Nintendo que usavam e abusavam do Mode 7 pra dar uma sensação de profundidade, mas aqui parece que a desenvolvedora (a mesma do Bubsy, olha que "maravilha"!) não soube usar direito o motor gráfico, pois atrapalha o jogador mais do que ajuda.
Sem falar que o jogo todo é esquisito, dá a impressão que você tá jogando um protótipo de Super Smash Bros.
Ah, e a música-tema parece até o gemidão do WhatsApp.
Duvida? Faz o teste e tenta ouvir essa música no volume máximo, depois me diga como as pessoas ao seu redor reagiram.
Beavis and Butt-Head
E pra encerrar, um jogo que com certeza ninguém conseguiu chegar até o final.
Diabos, nem o James Rolfe conseguiu, e olha que ele tinha um guia com todas as trapaças.
Aqui você controla o Beavis ou o Butt-Head, figurinhas risonhas que eram a sensação do momento quando a série passava na MTV (na época que a MTV ainda prestava e não passava trocentas temporadas de De Férias com o Ex tudo de uma vez só), em diferentes cenários enquanto juntam dinheiro pra comprar ingressos pro show da banda Gwar.
O problema é a dificuldade pra desviar de certos obstáculos, além do fato frustrante de que ambos compartilham a mesma barra de vida (conforme podem ver na imagem), coisa que não se repetia na versão do Mega Drive... apesar que lá o jogo também era uma merda.
E sabem o pior? Ambos não tem continues. Depois que você morre, você é obrigado a jogar o game todo DO INÍCIO!
Sério, parece até que os próprios Beavis e Butt-Head programaram esse game, porque é um absurdo!
Chega, não quero mais falar dessas merdas.
Em breve volto com algo melhor.
... espero voltar desta vez e não demorar mil anos pra regurgitar um artigo novo.
Até a próxima, minha gente!
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