Análise Analítica: Moonwalker, o filme do Michael Jackson


Sim, vou destrinchar esse filme aqui também.

Simplesmente porque Michael Jackson nessa época era o todo poderoso e estava em toda parte, aí ele quis mostrar pro mundo como ele era foda e lançou Moonwalker nos cinemas.

Aí você me pergunta "mas Leonardo, por que vai fazer uma review logo de Moonwalker? Não tem filme melhor não?"

Aí eu respondo que não porque o blog é meu e eu posto o que eu quiser.

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Tá, perdão a grosseria. Na verdade foi porque esqueci de completar a review do Night Man e resolvi preencher a lacuna com um filme do Michael Jackson.

Que na verdade não é exatamente um "filme", é mais uma colagem de videoclipes. Mas foda-se, era o Michael Jackson! Se ele colocasse nos cinemas um vídeo dele usando uma batedeira pra fazer cupcake, todo mundo iria assistir!

ENFIM... Moonwalker. Que todo mundo conhece por causa daquele jogo maravilhoso de Mega Drive onde você mandava gângsters, punks e os fanboys do Zack Snyder (apesar que provavelmente esses dois últimos se parecem muito) pro quinto dos infernos com seu chute poderoso e cheio de brilho.

E quando a barra de vida/especial ficava baixa você podia fazer aquele movimento de agarrar na virilha, algo que sabe lá Deus por que os programadores quiseram incluir no jogo.

Mas chega de falar do jogo, bora falar do filme logo. E seja o que Deus quiser.


O filme começa com uma apresentação mega empolgante do Michael cantando Man in the Mirror em diferentes lugares enquanto intercala com vídeos de figuras históricas como Gandhi e Ronald Reagan e momentos onde dezenas de fãs tem ataques histéricos e os guardas do local não conseguem conter as fãs desesperadas, apesar de terem o dobro do tamanho e de força delas.

Sério, chega a ser engraçado ver as mulheres derrubando as estruturas metálicas que separam o público do palco, mas serve pra mostrar como o Michael Jackson era FODA.


Logo depois dessa apresentação, somos presenteados com uma breve retrospectiva da carreira do rei do pop, onde trechos dos clipes de seus maiores sucessos são tocados, dentre eles...


Don't Stop 'Til You Get Enough, também conhecido como "tema do Video Show"...




E obviamente Thriller.


Logo depois temos um remake bem bacana do clipe Bad, mas estrelado por crianças.

E é assim que seria se Steven Spielberg trabalhasse com Michael Jackson.

Aliás, falando em Spielberg, sabiam que ele vai produzir uma continuação de Os Goonies?

Mas não fiquem muito empolgados, pois isso é só mais um produto corporativo que será feito com o propósito de lucrar em cima da nostalgia.

Porque fazer continuações décadas depois do filme original (Os Goonies é um filme de 1985) só pra se aproveitar de idiotas nostálgicos - sendo que NUNCA pediram uma continuação, pra começo de conversa - dá SUPER certo.


Até que, logo após essa performance, Bob Marley adentra no recinto e com seu poder da FUMAÇA...


Michael Jackson vira adulto num passe de mágica, enquanto seus seguranças parecem que saíram direto do set de Desejo de Matar 3.

Parafraseando o Faustão: é o milagre do cinema.


Como nem tudo é sagrado, durante uma tour pelos estúdios da Warner Bros. (eu sei que o estúdio tem outro nome no filme, mas a Warner produziu e distribuiu esse filme, então foi lá sim e fim de papo) alguns figurantes de stop motion feios e cabeçudos avistam o Michael Jackson e ficam eufóricos.

Deve ser um saco ser famoso e acabar sendo visto por um boneco de stop motion. Ou qualquer outra forma de animação.


De repente rola uma perseguição muito louca com altas confusões pelos estúdios da Warner.

Ou tão louca e com altas confusões quanto o orçamento permitia pagar...

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Espera aí... aquele é o Noid? Do jogo Yo Noid?


Caralho, é ele mesmo! 

Fuja pras montanhas, Michael! Salve-se desse jogo horrendo!


Após essa rápida perseguição, Michael Jackson sai de dentro de um camarim disfarçado de coelho.

Bom, pelo menos já tá melhor que o Noid.

E mesmo com os perseguidores vendo o Michael Jackson entrando no camarim, eles são facilmente enganados pelo disfarce, o que indica que não teve argila suficiente no mundo pra moldar o cérebro deles.


E então começa a tocar Speed Demon.

Que, por sinal, é uma música sensacional cujo clipe pode ser visto neste link.


Em seguida toca Leave Me Alone, que fala basicamente sobre o Michael estar de saco cheio da mídia o perseguir por fazer coisas que eles consideravam anormais, como comprar o esqueleto do Homem-Elefante ou ter um macaco de estimação.

Porque a mídia especializada é assim: ou você faz aquilo que eles gostam ou acabam apontando o dedo pra você por ser diferente do padrão.

Ah se nessa época ele soubesse o que fariam com ele...

Chegamos então naquele momento que todos estávamos esperando: o segmento Smooth Criminal.

Esse é o mais longo dentre os segmentos do filme, o que pode-se dizer que é onde o filme finalmente pega no tranco e dá uma pausa no compilado de melhores momentos do Michael Jackson pra tentar contar uma história.


História essa que começa com três crianças no terraço de um prédio à espreita.

"Quem elas estão espiando?", você pergunta (eu espero que tenha perguntado, ou vou parecer um maluco que fala sozinho)


Ele... Johnny, O Gângster!

Não, espera... é o Michael Jackson!!!!!

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Johnny, o Gângster é uma comédia do Michael Keaton onde ele interpreta um gângster e...

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Ah, deixa pra lá, estraguei minha própria piada ruim.


Enfim, Michael mal sai de casa e logo é metralhado pelo BOPE.

Aliás, se repararem, as metralhadoras tem um contador de munição, o que indica que ou o roteirista desse negócio adorava jogar video game ou acreditava que metralhadoras tem ou teriam contador de munição no futuro.

Mas afinal, quem será que estaria ameaçando nosso jovem e serelepe rei do pop?


Pra isso, precisamos voltar no tempo onde ele estava mais jovem e serelepe e brincando com aquelas crianças pobres lá do começo do segmento, num parque cuja montanha parece suspeitosamente pintada numa tela de vidro.

Aliás, se algum engraçadinho vier com piadinha de "Haha Michael Jackson pedófilo" nos comentários, eu vou dar uma de Sr. Burns e soltar meus cachorros em cima. Não tô brincando.

Quero manter meu bom humor, então não provoquem.


Voltando... durante a brincadeira, o cachorro de uma das crianças pega a bola e a leva pra uma caverna, o que prontamente motiva Michael a segui-lo junto com Katie.

E sim, ela é aquela menininha que você salva várias vezes no jogo. Haverão mais referências, aguardem.

Mas e aí, o que tem nessa caverna?


Uma fábrica clandestina de drogas, comandada por um Joe Pesci tão malvado que o rabo-de-cavalo desafia a gravidade.

OH MY GOOOOOOOOOOOOOOOD!!!!!!!!!

Aliás, o facínora é obcecado por tarântulas e come nozes com casca e tudo, o que aí já o torna o maior filho da puta do mundo.

Enfim, enquanto o vilão planeja seu plano maléfico de espalhar drogas pelo mundo e deixar as crianças mais drogadas que o Seth Rogen e o Marcelo D2 juntos...


Katie vê uma aranha e grita tão alto que dá pra ouvir até do Alaska.

MAS QUE PORRA, KATIE!!!!


Joe Pesci então manda o BOPE ir atrás dos intrusos e então voltamos ao tiroteio... que por sinal destrói todo o cenário, o que com certeza fez muito cenógrafo chorar sangue nessa hora.

E sem dúvida alguma esse é o BOPE, pois que metralhadora potente é essa que arranca até o reboco das paredes e explode eletrodomésticos desligados nas vitrines das lojas?


Seja o que for, Michael Jackson consegue fugir, mas logo é encurralado pelo exército de Joe Pesci.

E então, ele tem uma grande ideia pra poder sair dali.


Michael vê uma estrela cadente e a usa como inspiração pra usar seus poderes de rei do pop pra se transformar em um carro futurista e sair voando dali.

Entenderam? Carro... voando...

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É, eu sei, já tive piadas melhores no passado.

E então, chegamos a outro momento clássico, principalmente pra quem jogou Moonwalker no Mega Drive (ou no Master System, o que foi meu caso)


Michael Jackson, com seu clássico figurino branco, adentra no Club 30.

O silêncio toma conta do lugar até que...


Ele joga uma moeda que voa casualmente até uma jukebox...


E de repente começa a tocar Smooth Criminal.

Não tenho nem o que comentar, exceto que é a melhor música (e o melhor videoclipe) de todos os tempos, além de ser a melhor fase do jogo do Mega Drive.

Aliás, tudo que você lembra dessa fase está aqui, desde aquela escadaria metálica que desce quando o Michael caminha sobre ela ao gângster quebrando o taco de bilhar e até mesmo a prostituta que interrompe o Michael enquanto foge dos bandidos, além - é claro - da música, que não deixa de ser maravilhosa.


Inclusive a música é tão boa que até as crianças começam a imitar os movimentos.

Viu? Não tem como evitar. Tocou uma música do Michael Jackson? Então dance!


Infelizmente alegria de pobre dura pouco, pois Katie é capturada por Joe Pesci.

Tá explicado por que você precisa resgatá-la tantas vezes no jogo, a menina não dá uma dentro!


Provando que são bons amigos, os meninos ficam pra trás e contam pra Michael que levaram a Katie embora.

E nem vem com esse papo de que eles não poderiam fazer nada porque são crianças. Se o Macaulay Culkin conseguiu chutar a bunda do Joe Pesci sozinho DUAS VEZES, dois meninos podem fazer até o quarto disso.

Pra cá com esse negócio...

O rei do pop, determinado, decide ajudar a menina.


Porém, logo após entrar no covil de Joe Pesci (que parece mais um playset da Glasslite), ele logo é cercado pelo BOPE.

Poxa, Michael, me ajuda a te ajudar...


E eis que chega... ele.

O vilão faz Katie de refém enquanto comete o clássico erro de dizer seu plano maligno na frente do herói, que é injetar drogas nas crianças. E mesmo sabendo que o herói vai derrotá-lo, ele tenta injetar na veia de Katie, que retalia com uma bofetada de cafetão.

Boa, finalmente fez algo que preste!

Ah, essa captura está com o link da Bandicam pois aparentemente esse trecho foi cortado na versão de Blu-ray.

Ou seja, espancar criança pode mas mostrar a arma do vilão é proibido?

Qual é o sentido disso?


Enfim, como todo vilão do mal que odeia o bem, ele dá umas porradas no herói da história e nos amigos dele (no caso, a Katie), só pra dar um motivo pro herói dar a volta por cima e salvar o dia - ou a noite, no caso - mandando o vilão pra puta que pariu sem passagem de volta.

E sim, é um clichê bem lazarento dos filmes dos anos 80 e 90, mas em Moonwalker esse clichê é mostrado de uma forma espetacular.


Michael dá um grito tão potente que deixa o céu ainda mais escuro e em seguida revela que é um... Transformer!!!!

Até aí, nada de mais. Se os membros do KISS podem virar seres com poderes especiais só pra salvar um parque temático de um cientista maluco, porque o Michael Jackson não pode ser um Autobot?

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O que, o KISS? Sim, esse filme existe!

Quando vou fazer review? Só no dia 31 de fevereiro. Mas tem o vídeo do Cinema Snob pra vocês verem aqui.


Voltando ao Moonwalker, a transformação de Michael Jackson em um autobot continua, em uma sequência de efeitos especiais que continuam bons até hoje.

Não sei se é CGI ou efeito prático, mas tá muito bem feito.

E sim, essa forma do robô também tem no jogo do Mega Drive, apesar de ser meio complicado de pegar o power up, além do fato de que dura por pouco tempo.

Se bem que, considerando que você já mata os inimigos com um chute e com o poder da dança, nem precisa virar robô pra zerar o game.


Aliás, pra provar que agora chegou em sua forma final, Michaelformer dá um grito em autotune tão alto que explode a cara dos soldados do batalhão do BOPE.

E a galera vai a loucura!!!!!!!


Derrotado, fodido e mal pago, Joe Pesci decide descontar sua frustração nos amigos do Michael Jackson com seu raio da morte (porque todo gênio maluco PRECISA de um raio da morte). Afinal, não é todo dia que se perde pra um astro do pop do tamanho do Optimus Prime.

Será que o vilão vai vencer e transformar todas crianças em mini Seth Rogens?

Imagina o inferno que seria...


Mas eis que chega Michael pra pôr um fim nessa esbórnia, usando seu poder do grito de autotune...


...que explode o raio da morte, com Joe Pesci e tudo.

E há muita alegria!!!!!


As crianças veem Michael partir depois de cumprir sua missão, o que causa tristeza em todos os presentes e no público que assistia o filme.

Você chorou nesse momento também que eu sei, não adianta disfarçar.

Seu frangote! Faz as coisas e não assume achando que eu não vou ficar sabendo...


Até que, de repente, Michael ressurge no horizonte e a alegria volta a reinar no ambiente!!!!

Após se reencontrar com seus amigos, Michael diz que tem uma surpresa pra eles e os leva de volta para o Club 30.

O que será que é?


É nada mais, nada menos que o Michael Jackson cantando um cover de Come Together, para o delírio das fãs histéricas que mal conseguiram se conter enquanto cantava Man in the Mirror.

É como um ciclo.

E é com essa performance que o filme se encerra.

Foi difícil fazer uma review desse filme, mas consegui. Se ficou legal, não sei. Mas sei que valeu a pena.

Até a próxima, minha gente!

RUSBÉ?

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