Uma análise de Willy's Wonderland
Pois bem... ESTE é o momento.
Enfim, vocês lembram de Five Nights at Freddy's, certo?
Pra quem não lembra ou nunca ouviu falar, é uma franquia jogos onde você controla um estagiário que resolve trabalhar em uma pizzaria e tem que sobreviver por 5 noites ou então robôs gigantes te fazem em pedacinhos - depois de te deixar surdo com os gritos insuportavelmente altos, claro.
Sim, esse é um daqueles games que tem jumpscare e foi por isso que se tornou a maior sensação do YouTube, com vários creators fazendo uma porrada de vídeos jogando, levando susto e gritando mais alto que os monstros.
Quem me conhece sabe o quanto eu não suporto jumpscare pois é a tática mais imbecil e simplória de dar susto em alguém, seja em um game ou filme de terror.
E quem já viu muito filme que tem essa merda sabe do que estou falando.
Enfim, com o sucesso dos games, a galera do cinema resolveu ganhar uns trocadinhos e fazer filmes com a mesma premissa.
Primeiro veio The Banana Splits Movie, baseado naquele programa da Hanna-Barbera que era cheio de LSD, e depois veio Willy's Wonderland (destaque pro subtítulo brasileiro mongoloide O Parque Maldito, sendo que o filme nem se passa em um parque, mostrando que quem fez a tradução sequer viu o filme. Só viu o pôster e pensou "hmmm isso deve ser em um parque... perfeito!").
E diga-se de passagem, é o melhor filme já feito.
Mas vamos por partes.
O filme é sobre um misterioso sujeito sem nome (interpretado pelo Nicolas Cage - porque é claro que sim) - e que passa o filme inteiro sem pronunciar uma única palavra - que acaba tendo os pneus furados na estrada e o motor danificado.
Ele, então, se encontra com o dono do Willy's Wonderland, um famoso salão de festas com um passado sombrio, que promete consertar o carro do misterioso viajante com a condição de que ele tem que passar uma noite limpando o lugar todo para uma possível re-inauguração, ao que o sujeito prontamente aceita pois só quer dar o fora dali de uma vez.
Ah sim, também tem uns jovens tontos que querem destruir o lugar por causa dos assassinatos que ocorreram no salão, mas só servem mesmo pra serem tontos e virarem novos pratos no cardápio, o que involuntariamente obriga o Nicolas Cage a ser o herói da história.
Assim... não é uma história digna de um Globo de Ouro, mas serve bem o seu propósito e vai direto ao assunto. Claro que tem umas semelhanças com Five Nights at Freddy's, mas são bem poucas.
Ao longo dos anos o sujeito teve a fama de ser exagerado nas atuações e de sempre escolher os papéis mais bizarros pro seu currículo - além de não saber administrar sua conta bancária torrando em coisas aleatórias - , mas aqui a escolha dele pro papel do zelador caiu como uma luva. Mesmo sem pronunciar uma palavra, ele consegue atuar muito bem, não exagerando tanto nas expressões faciais ou corporais como costumava fazer no passado.
E verdade seja dita, nunca na minha vida pensei que ver um filme onde o Nicolas Cage passa 99% dele jogando pinball, bebendo energético ou limpando cada centímetro de um estabelecimento seria tão satisfatório.
Quanto ao elenco adolescente... bem...
Emily Tosta, que interpreta Liv, tem uma interpretação não tão memorável. A atriz é uma gracinha e aparentemente sabe atuar bem, mas a personagem não tem tanto destaque na história por causa do roteiro truncado, o que acaba prejudicando no potencial que ela poderia ter e dando a impressão que ela está deslocada naquele ambiente.
Claro, toda a ênfase do roteiro gira em torno do Nicolas Cage e de quanto seu personagem é fodão, então meio que dá pra entender.
Já o restante só serve mesmo pra morrer, então não são muito desenvolvidos e passam metade do filme zanzando pelo salão de festas ou transando ou fazendo merda.
Mas claro que o grande destaque vai para os robôs. Como seria praticamente impossível ter literalmente animatronics por aí, grande parte da ação envolve pessoas fantasiadas. E que mesmo assim conseguem convencer muito bem, considerando o orçamento absurdamente baixo.
Uma lição que todo produtor de Hollywood deveria seguir.
Willy's Wonderland é um excelente filme B e não tem vergonha nenhuma de mostrar a que veio. É brutal, é engraçado e realmente mostra um Nicolas Cage menos canastrão e mais badass, dando um clima de "Justiceiro mete a porrada nos personagens de Five Nights at Freddy's" pra história.
Infelizmente os adolescentes não tiveram tanta profundidade (nada além de "menina tarada", "garoto imbecil" etc), só servindo pra bucha de canhão mesmo, mas é o que acontece com qualquer personagem adolescente ultimamente, o que é uma pena.
Mesmo assim, assistam. É realmente bom e vale cada minuto gasto.
Até a próxima, minha gente.
Foi um bom blog enquanto durou. Com certeza mais bem sucedido que o meu.
ResponderExcluirSobre o filme em si, é isso mesmo. Cenas com o Nicolas Cage excelentes, mas o resto nem tanto.
Me parte o coração dar um tempo daqui também, mas como falei antes, dificilmente eu o atualizava com frequência porque eu passo boa parte do tempo com o humor lá pra baixo e o sono desregulado, então fica difícil escrever algo engraçado nessa situação :/ mas fico feliz sabendo que tem acompanhado durante esse tempo, mesmo quando eu falava de um assunto besta. Pelo menos assim sei que não escrevi os artigos à toa
Excluir