Neil Breen, o gênio incompreendido
Ok, eu sei que a maioria de vocês não entenderam porra nenhuma do que eu falei no título, ou estranharam o cara da imagem que abre o artigo.
Certo, eu vou tentar explicar tudo porque esse é complicado.
Neil Breen é... uma pessoa peculiar. Ele é um cara que veio da Califórnia, sempre sonhou em trabalhar com cinema (assim como eu) e se aventura no mundo da arquitetura de vez em quando, com o reconhecimento chegando através do terceiro filme, Fateful Findings.
"E pra que serve este artigo?", você pergunta. Bem, é um jeito rápido de apresentar esse talento do cinema independente, tal como um Ed Wood da vida.
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E também porque ainda to trabalhando no meu review de The Penetrator, o que automaticamente significa "filler aleatório".
Os filmes do Neil Breen são no mínimo curiosos, na falta de um termo melhor.
Sempre contam com um orçamento que varia a cada filme (e vindo do próprio bolso dele, que fique claro), com Breen assumindo metade das funções (de protagonista a roteirista, editor, diretor etc) e com seu personagem principal sempre sendo uma entidade messiânica com poderes milenares, a maioria deles envolvendo teorias da conspiração e política, como se fosse um Jesus Cristo vindo sei lá de onde.
E boa sorte em tentar entender o que acontece nos seus filmes, pois são bem conhecidos justamente pela aleatoriedade deles: coisas acontecem toda hora e a maioria delas não tem sentido nenhum, a não ser na mente genial do Breen.
E as atuações, uau, as atuações...
Neil Breen está sempre "interpretando" seus protagonistas como se fossem uma entidade cósmica que só se comunicam por frases filosóficas sem pé nem cabeça, sempre com uma expressão de nada e clamando ser o salvador do universo. Já os outros "atores" atuam tão bem quanto um figurante de A Praça é Nossa, mas o foco é o Neil Breen, quem liga pra figurantes?
Neil Breen dirigiu ao todo 5 filmes (e com mais um vindo aí em breve): Double Down, I am Here...Now, Fateful Findings, Pass Thru e Twisted Pair. Todos possuem o mesmo "padrão de qualidade": amadores até o talo, com um roteiro que vai do nada ao lugar nenhum e atuações sofríveis.
Mas querem saber? São essas coisas que fazem os filmes serem legais.
Infelizmente nenhum veio pro Brasil pois aparentemente Neil Breen não quer que seus filmes sejam conhecidos internacionalmente (já que ele proíbe a distribuição internacional deles, por ser o dono dos direitos autorais), então eu sugiro fuçarem até os confins da internet pra encontrarem esses filmes. E quando acharem, chamem os amigos (não muitos por motivos óbvios), separem as cervejas e preparem-se pra descobrir o mundo absurdo desse cara, cujo talento pra fazer filmes pagando do próprio bolso merece ser apreciado.
Em breve, The Penetrator.
Até a próxima, minha gente!
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