Títulos (provavelmente) desconhecidos do Super Nintendo
Quem nunca teve um Super Nintendo?
É uma pergunta retórica, não precisam responder. Todo mundo já teve um Super Nintendo. Se não teve ou alugou, pegou emprestado do amigo... O QUE IMPORTA É QUE TODO MUNDO TEVE UM SUPER NINTENDO!
E ele lutava pau a pau com o Mega Drive sobre quem era o console mais poderoso. Em partes, ambas são poderosas, mas com tecnologias diferentes.
Exemplo? Super Nintendo roda Doom.
Doom, o Crysis dos anos 90, conseguia rodar - mesmo com lags - num cartucho de SNES e com uma música até melhor que a versão dos PCs.
Por outro lado, o Mega Drive era encarregado de receber ports de títulos que antes já estavam no console da Nintendo, tipo Mortal Kombat (onde foi visto que mesmo com os gráficos ruins, a música ficou boa e eles tinham código pra liberar sangue no vídeo game, como uma forma de falar pra Nintendo "HA-HA, a gente conseguiu lançar MK com violência e vocês não porque se renderam aos desocupados que condenaram o game por ser violento")
Então essa briga não fazia sentido. São tecnologias diferentes, que rodam 16 bits de jeitos diferentes. E são consoles interessantes e bons.
E o acervo do Super Nintendo era enorme, o que impossibilitou o público de conhecer alguns títulos. Ou porque alguns eram ruins mesmo.
Assim sendo, vamos então aos games que ninguém conhece (ou que talvez ouviram falar do título)
The Lawnmower Man
Esse aqui com certeza NINGUÉM conhece.
Eu explico: o game é baseado no filme O Passageiro do Futuro, que é "baseado" num conto do Stephen King, porém a única coisa marcante no filme é a computação gráfica que chega a dar pesadelos (tá, eu sei que o filme é de 1994, mas poxa, não merecia tanto desleixo)
O game é basicamente um side-scroller onde você controla o protagonista ARMADO ATÉ OS DENTES e sai atira em soldados e entra em portais espalhados pelo cenário que o levam para fases em primeira pessoa onde você (provavelmente) controla o Superman roxo e o objetivo é não bater no cenário.
Sem falar que as imagens digitalizadas do filme conseguem ser ainda piores que o CG usado no filme! Olha só essa imagem acima. É tanto bit que seus olhos até explodem! No Mega Drive então era uma desgraça. Parecia aquela imagem do inferno que o Zé do Caixão mostrou no "Esta Noite Encarnarei no Teu Cadáver" (aliás, é um título maravilhoso)
Mas apesar de tudo, o game é desafiante. Claro, se ignorar a ruindade desse game E do filme, dá pra aproveitar a jogabilidade.
E não confiem em pessoas que se oferecerem pra cortar a sua grama, senão elas podem te forçar a entrar num filme bosta com o Pierce Brosnan e um CG datado.
Home Improvement
Esses vocês devem conhecer. O JonTron já falou dele.
E o Angry Video Game Nerd.
E o Sr. Wilson...
Oras, de repente o título deixou de ser desconhecido, o que torna estranho o título do artigo.
Bom, Home Improvement é baseado numa sitcom protagonizado pelo Tim Allen, que interpretava um carpinteiro e tinha um programa onde tinha comédia pastelão e a Pamela Anderson.
Sério, a Pamela Anderson estreou no programa. Ou seja, se você é uma pessoa que odeia ela, culpem o Tim Allen.
Aí você pensa: "como se faz um game baseado numa sitcom com risadas no fundo?"
Bom, eles fizeram um jogo de plataforma. O que eu acho que não é uma má ideia.
O plot do game é basicamente isso: o Tim Allen está gravando seu programa com um colega de cena porém as suas ferramentas foram roubadas. Então ele precisa percorrer por cenários "diferentes" (que na verdade é o mesmo, só mudam as cores do fundo e os inimigos) para recuperar suas ferramentas... pois senão... o mundo... explode... e... ka-boom...
Os gráficos são até bons, com uma variedade de armas, desde um disparador de pregos (arma essa que é meio inútil pra eliminar barreiras, pois demoram uma eternidade pra sumirem) e uma MOTOSSERRA que dispara hadoukens, mesmo se o inimigo estiver a poucos centímetros de distância.
Honestamente eu não acho ele um game tão ruim. Só acho uma sacanagem venderem um game com esse manual de instruções.
Boogerman: A Pick and Flick Adventure
Mais um que provavelmente vocês conhecem.
E assim com certeza minha credibilidade foi pro ralo do chuveiro, POIS EU NÃO CONSIGO ESCREVER UM ARTIGO SOBRE GAMES DESCONHECIDOS E DOIS DOS GAMES SÃO CONHECIDOS!!!!!!
PORRA!!!!
Ok, eu sei que ALGUNS pelo menos não conhecem, então pra vocês... Boogerman é um herói nojento cujos poderes se resumem a disparar ranho, arrotar, cuspir e peidar nos seus inimigos.
É, basicamente isso mesmo.
O game foi lançado numa época em que escatologia era moda. Tinha em desenhos (Ren & Stimpy), filmes (O Peste)... em todo lugar tinha alguma piada envolvendo fluidos corporais ou algo do gênero.
E isso me torna um hipócrita, pois eu gosto de Quem Vai Ficar com Mary, filme esse que tem uma cena chave onde uma moça passa esperma no cabelo achando que é gel.
É engraçado esse filme. ASSISTAM!
Bom, o game mostra bem pra que veio. Todas as fases possuem alguma coisa nojenta, desde espinhas, ranhos pro personagem se balançar como se fossem cipós, cama-elástica de meleca...
Ou seja, muita classe.
Não é recomendável pra quem não gosta desse tipo de humor, mas mesmo assim vale a pena jogar porque é um jogo de plataforma como qualquer outra... só com uma skin nojenta mesmo.
Super Smash TV
Já assistiram O Sobrevivente? Aquele filme em que o Arnold Schwarzenegger participa de um "Jogos Vorazes futurista"...
Então, Super Smash TV é basicamente uma adaptação, só que sem usar o nome do filme.
E sem o Arnold, o que é uma desvantagem gritante.
Este game é um port de um shooter do arcade onde você controlava um dos quatro personagens, matava hordas de inimigos e pegava armas pra matar inimigos das formas mais cabulosas possíveis até chegar o final onde você e os jogadores ganhavam o prêmio máximo, que era a LIBERDAAAAAAAAAAAADE!
... Pelo menos até chegar Total Carnage, sequência espiritual que tinha a mesma mecânica.
O game é até legal, apesar de ser meio repetitivo pois as salas não tem muita variação. Mas se você não liga pra isso e seu negócio é competir com os amigos pra ver quem sobrevive chacinando inimigos em menos tempo, então esse é o jogo perfeito.
Indiana Jones' Greatest Adventures
E pra encerrar, um que com certeza eu acredito que vocês nem sabiam que existia.
Ele é basicamente um recap de Caçadores da Arca Perdida, O Templo da Perdição e A Última Cruzada. Ou seja, o game te coloca na pele do arqueólogo em momentos chave dos filmes.
Tipo a perseguição com a pedra gigante (onde em 2D acabava com qualquer tentativa de simplesmente desviar da dita cuja), a luta no templo de Kali (tirando a parte de que rajadas de fogo começam a subir, o que não acontece no filme) e por aí vai.
E as cutscenes digitalizadas eram bonitas. Diferente do The Lawnmower Man, elas não pareciam que vieram diretamente dos confins da Deep Web, pois mesmo com as limitações gráficas dava pra enxergar as coisas e reconhecer as cenas sem ter a visão implodida no processo.
A única desvantagem era a trilha sonora, que parecia um daqueles tecladinhos brancos de 1,99 que tinham aquelas figuras de bichos da fazenda.
Você tinha um que eu sei. TODO MUNDO TINHA ESSA DESGRAÇA!
O Super Nintendo sabia fazer soundtracks boas. Não tem desculpa pra preguiça dessa aqui.
O game ia ter uma versão pra Mega Drive, mas na última hora foi cancelada, o que eu acredito que foi um alívio por parte de quem jogou no SNES e pensou "puta merda, se isso vier pro Mega eu vou acabar me atirando da janela do meu prédio!"
E é isso. Não tenho nada planejado pra esse ano, então não farei um artigo especial de Natal.
Lamento muito.
Até a próxima, meus consagrados!
Comentários
Postar um comentário