Quatro filmes pra se ver no Halloween
Olá, pobres infelizes que ainda frequentam esse blog falido, como estão?
Eu to postando esse artigo meio em cima da hora pois eu não tenho nada preparado pra esse ano, então...
Nada mais justo pra essa noite de Halloween (ou samhain, ou seja qual nome quiser usar) do que recomendar alguns filmes bons e ruins pra se ver sozinho ou enchendo a cara com os amigos.
Pois não é porque o feriado não é celebrado aqui no Brasil que você não deve deixar de celebrá-lo, e vamos concordar que é melhor do que "celebrar" o Dia do Saci, feriado forçado sobre um personagem a qual ninguém dá a mínima.
E eu decidi compartilhar apenas quatro porque eu esqueci dos outros três. Perdoem-me, tenho esse costume de esquecer as coisas. PAREM DE PEGAR NO MEU PÉ, CARAMBA!
Agora sigam-me, seus ratos imundos!
IT'S SHOWTIME ! ! !
Halloween
E por que não começar com um clássico dos anos 70 que se passa no feriado?
Pra quem nunca viu qualquer filme da franquia (dica: se for ver, assista só até o 3 e o filme novo que está nos cinemas, pois a partir do 4º virou uma zona escalafobética sem razão alguma de existir), é sobre babás que se veem as voltas com um assassino mascarado, alto, mudo e à prova de balas.
O mais impressionante disso tudo é que o assassino não mata suas vítimas usando artifícios do Halloween. Pelo contrário, Michael Myers usa o bom e velho facão de cozinha para despachar suas vítimas, o que às vezes é até um artifício bom.
E também foi graças a esse filme que se popularizou o gênero... até que a franquia Pânico transformou o gênero em piada.
Nem precisou disso, o gênero já se tornou uma com o passar do tempo, repetindo os clichês habituais mas adicionando putaria como outro motivo pro assassino perseguir as vítimas, deixando somente a protagonista certinha que não fuma, bebe ou trepa com metade do bairro.
Agora, e se a protagonista também for tão vadia quanto as outras vítimas? Se o assassino também matar ela e a metade da cidade, quem vai sobrar pra detê-lo?
Bom, talvez o exército, mas suas ações se tornam inúteis se o serial killer for imortal e que pode ser revivido das mais varias maneiras.
Beetlejuice
Mais um clássico.
E esse é um que você DEVE assistir, senão sua vida será totalmente errada até fazê-lo.
Aqui, um casal hipster morre num acidente de carro e decidem contatar o Beetlejuice para ajudá-los a espantar uma família bizarra que adquiriu a casa deles. Mas como nada dá certo (porque se desse, os filmes seriam tão curtos quanto um peido), o fantasma decide aproveitar a oportunidade pra aloprar a família e a filha deles, a qual se desenvolve uma história de amor melhor que Crepúsculo.
Já sabiam que eu ia usar essa frase clichê, admitam.
Aqui foi quando o Tim Burton realmente explodiu. Anteriormente ele dirigiu um filme obscuro do Pee-wee Herman que ninguém conhece (só eu), que permaneceu na obscuridade em que foi consagrado. Mas foi aqui que veio o boom que ele precisava pra ter um nome respeitado na indústria.
E pra você que detesta esse filme por algum motivo, saiba que o Batman de 89 só existe hoje em dia por causa desse filme aqui, portanto agradeçam ao Tim Burton, pederastas ingratos!
Trick 'r Treat
Este aqui é um exemplo peculiar que só um público específico gosta e tem uma admiração enorme.
Trick 'r Treat (ou "Surpresas Sinistras", como a dublagem nacional prefere chamar - apesar de no DVD estar escrito como "Contos do Dia das Bruxas"; nem tente entender a cabeça das distribuidoras no Brasil) é uma antologia de histórias que acontecem simultaneamente, ao contrário de estarem divididas, o que eu acho que é uma boa ideia, uma vez que ninguém mais no mundo tem paciência pra antologias.
Exemplo? Fui apresentar Creepshow (é, aquele clássico do Romero), e o professor decidiu interromper lá pela quarta história, fazendo com que meus colegas perdessem a oportunidade de ver a história do zelador e as baratas.
É uma história interessante, vão por mim.
Esse filme também ajudou o Halloween a ter um mascote: Sam. Até o momento o feriado não tinha um símbolo fixo, então decidiram considerar o simpático garoto com máscara de estopa como o oficial.
E esse ao meu ver é um filme que substituiu o Halloween do John Carpenter nas sessões de bebedeira com os amigos, o que eu acho que é desnecessário. Bastava só esperar o filme acabar e colocar o outro depois.
Mas eu não os julgo. Cada um programa o feriado do jeito que achar melhor.
Creepshow
E pra encerrar o clássico dos clássicos.
Idealizado pelos grandes mestres do horror (Stephen King e George A. Romero) e com um elenco de primeira (trazendo até LESLIE NIELSEN na terceira história!), o filme conta cinco histórias diferentes do ponto de vista de um garoto ranhento que está lendo uma HQ: um pai volta dos mortos para ter um bolo de dia dos pais que foi negado pela filha, um fazendeiro encontra um meteoro e acaba se contaminando com o conteúdo de dentro dele, um marido ciumento decide matar a esposa e o amante mas acaba pagando por isso, uma caixa misteriosa é encontrada no porão de uma escola e um maníaco por limpeza é atormentado por baratas.
O que é importante ressaltar é que não são histórias pra serem levadas muito a sério. Claro, são macabras, mas muitas delas tem uma gênese de humor negro. E só a presença do genial Leslie Nielsen na terceira história já diz isso, afinal de contas o filme em si é só uma brincadeira macabra pra homenagear uma HQ de terror muito popular que é a Tales from the Crypt.
E pra emular esse espírito de quadrinhos, várias cenas possuíam filtros coloridos ou ilustrações surreais, o que é um efeito visual muito bonito e dá mais amor à produção. Coisa que a maioria das produções deveria fazer ao invés de repetir os mesmos clichês de novo. E de novo. E de novo. E de novo...
E é isso, era tudo que eu tinha pra hoje. Divirtam-se e não comam doces sem antes verificar se são realmente doces, caso contrário terão um encontro bem desagradável no banheiro amanhã.
Tenham um ótimo Halloween, fariseus!
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