Série dos Mortos - Capítulo 2: A Volta dos Mortos-Vivos

No artigo passado, falei dos clássicos filmes do vovô George A. Romero (seu último filme foi o confuso Survival of the Dead). Agora, quem assume a cadeira de diretor é Dan O'Bannon. Não sabe quem é? Foi o co-produtor de O Vingador do Futuro, escritor de Alien vs. Predador e de Alien: O Oitavo Passageiro, efeitos visuais em Star Wars... e também diretor da obra que ressuscita a lenda de George A. Romero: The Return of the Living Dead. Curiosamente, o primeiro filme dessa "quintologia" foi lançado no mesmo ano que O Dia dos Mortos, de Romero. Também fez os vocais dos zumbis que, aqui, correm feito maratonistas (alusão paralela aos mortos cambaleantes de George A. Romero). Ganhou quatro sequências inferiores, mas com aquela velha pitada de humor negro utilizado em Gremlins.
A VOLTA DOS MORTOS-VIVOS (The Return of the Living Dead, 1985)
Lançado um mês após Day of the Dead, Dan O'Bannon trouxe uma comédia de humor negro com zumbis que fez o maior sucesso nos anos 80. A história é a seguinte: um tonel com um composto químico conhecido pelos fãs como 245Trioxina é aberto por dois curiosos, que acabam libertando um exército de zumbis punks. Nesse filme há várias referências ao diretor Romero e ao diretor italiano Claudio Fragasso. A Volta dos Mortos-Vivos vai fazer você morrer... de tanto rir!
A VOLTA DOS MORTOS-VIVOS 2 (Return of the Living Dead: Part II, 1988)
Aqui, nada de Dan O'Bannon. Quem assume dessa vez é  Ken Wiederhorn, o diretor de Freddy's Nightmare. Jamais acreditem nesse "Parte 2" do título. Para os mais consagrados, é tanto uma refilmagem quanto uma sequência. Aqui os elementos são os mesmos do primeiro filme, mas os atores principais voltaram em outros papéis. A história é um repeteco, mas ainda assim diverte, fazendo com que House of the Dead vire apenas um clássico mofando em uma locadora.
A VOLTA DOS MORTOS-VIVOS 3 (Return of the Living Dead 3, 1993)
Desta vez, o diretor desse filme de terror é Brian Yuzna, conhecido apenas pelos seus trabalhos em Bride of Re-Animator, The Dentist e Initiation: Silent Night, Deadly Night 4. No estilo de O Casamento de Romeu e Julieta, a namorada de um punk se transforma em uma zumbi cheia de piercings e mais espinhos que um ouriço. A trama é legal, mesmo sem aquele humor negro utilizado nos dois primeiros filmes. Um clássico imperdível como esse não pode deixar de faltar na lista dos filmes alugados para assistir na madruga.
A VOLTA DOS MORTOS-VIVOS 4: Necrópolis (Return of the Living Dead: Necropolis, 2005)
O diretor dessa comédia de horror é o neozelandês Ellory Elkayem, que também dirigiu a sequência desse filme da TV americana que foi lançado em DVD mais tarde. Aqui, Necropolis toma um outro rumo, indo mais para o humor negro de sátiras do que o terror do seu antecessor. Numa espécie de Resident Evil, há uma empresa química chamada HybraTech, que é a responsável por produzir o elemento 245Trioxina. Peter Coyote é um dos trabalhadores de lá, e tem planos especiais para a Trioxina, aquela coisa que trouxe os mortos em The Return of the Living Dead. Junto com aqueles típicos adolescentes chatos e pirados que, de tanto ler revistas MAD, acabam falando as frases mais "pés-de-china" da história. Eu vi esse filme, e não vi uma cena que não me fez rir. A Volta dos Mortos-Vivos 4 é tão ruim que chega a ser melhor que aquele filmeco de zumbis do alemão Uwe Boll.
A VOLTA DOS MORTOS-VIVOS 5: RAVE (Return of the Living Dead: Rave to the Grave, 2005)
A série dos filmes de maior sucesso "Dan O'Bannon's Return of the Living Dead" chegou ao fim nessa divertida comédia de humor negro. Após o que aconteceu em Necropolis, Julian, agora na faculdade, encontra um pacote misterioso no sótão da casa de seu tio. Julian leva o pacote para seu amigo Cody analisar, e descobrem uma droga ainda mais potente que o "ecstasy" (aquela aspirina genérica que deixa os festeiros doidões). Uma mega festa rave está sendo produzida e, ao saber disso, Skeet, um traficante, traça seus planos para vender o que puder da droga nesta balada. Mas a droga (a "Trioxina") revela um efeito colateral aterrorizante, à medida que é consumida o que deveria ser uma experiência psicotécnica, os usuários são transformados em zumbis. Essa é a prova de que drogas nos transformam em comedores de cérebro.

No último artigo, falarei sobre as três refilmagens da série de Romero.
Continua...

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